Káah Azamba

Isto se chama insônia. Ter sono e não conseguir dormir.
Isto se chama ansiedade. Comer sem ter fome.
Isto se chama coragem. Agir mesmo que sinta medo.
Isto se chama loucura. Perder razão da realidade.
Isto se chama narcisismo. Querer tudo para si.
Isto se chama amor. E não há definição.

Káah Azamba

Já nem sei mais como lhe chamar. Menina ou mulher? Você é tão infantil e tão madura, tão brincalhona e tão respeitosa. Você é tudo o que me falta e tudo o que eu não sou. Não, você é mais, você é o que eu sou e muito mais. Sinto que sem mim, você se daria bem, viveria a vida, mas eu sem você, realmente não sei o que faria. Sim, você é a mesma chatinha que me irrita e por vezes tenho vontade de enfiar-lhe a panela na cabeça, mas não deixa de ser a que eu mais amo e idolatro neste mundo! Em momentos tão adulta, me ajuda nas decisões e planos futuros, em momentos tão criança, chora em meu ombro confusa do destino. Ah minha doce menina mulher! Ah como eu te amo e como amo sua forma ambígua de ser! E sei como lhe chamar, minha menina mulher!

Káah Azamba

Falou mal do que eu escrevo, sendo que nem tem coragem de escrever. Ah, se eu não lhe agrado pouco me importa, mas leve em consideração as pessoas que me adoram. E isto se resume em uma coisa que eu sei que sente e vem acontecendo desde o dia que me viu pela primeira vez; inveja e ódio. Sim, eu não sou boba e você muito menos, então seria bom parar de tentar me colocar para baixo apenas porque me demonstro vulnerável em meus textos, pois queridinha, eu sei ser muito mais forte quando preciso, e minha força você não viu nem a metade. E seria bom se você escrevesse coisas também, então poderia se intitular a melhor - mesmo que até agora eu ache que não. Enfim, criatividade e coragem são o que importa. Agora me diga, se eu estivesse mesmo tão mal assim, teria coragem de postar para o mundo? E você, que se acha tão esperta e domadora da mente humana, deveria repensar suas lógicas sobre os seres humanos desprezíveis. É, umas boas dicas lhe deixo aqui.
Abraços, queridinha.

Káah Azamba

“Tão confusa e inconstante quanto alguém de dezoito anos em plena crise existencial poderia estar!”

Bom, esta simples frase diz tudo o que tenho sentido. Confusão, insegurança, incerteza, medo. O pior é que nada disto tem relação com pessoas ou planos frustrados, tudo isto é pelo maldito futuro e suas surpresas indesejáveis. Tenho tido vontade de sumir, mas eu penso, não importa aonde for, tudo será igual, afinal o problema real sou eu. Se eu morresse, como acredito em vida após a morte, também assim não encontraria a paz que tanto desejo. Então me vejo atônita e cercada por coisas assustadoras - o mundo - que não tem a menor piedade de mim. Não pára um segundo qualquer para que eu me recomponha, que coloque as idéias no lugar, que seja forte como eu era para enfrentar de peito estufado todos os desconfortos que eu sei que vou ter. É uma situação passageira, porque me sinto bem melhor. Já percebo que também terei coisas boas, e apesar de agora ser a idade crucial para minhas decisões, que irão afetar minha vida de forma absurda, não há nada que seja irreversível se desejarmos do fundo de nossa alma. Lenta e calmamente estou dando passos na direção certa, meu medo - mais um deles - é se terei tempo suficiente para me recompor por completo!

Káah Azamba

Ainda estou procurando o “descontraído” deste blog. Talvez o template ajude a suavizar minhas palavras sempre tão carregadas, talvez este seja o primeiro passo perfeito para escrever coisas bonitas e enfeitadas, com um final feliz. Quem sabe eu não gero esperança do amor para os corações machucados.

Káah Azamba

Ah, como ela me irrita! E parece que é só isso que sabe fazer. Não, não é o bastante, ela também me estressa, me desnorteia, acaba com o meu dia. Ela me joga no fundo do poço e o tranca com seu próprio corpo. Eu queria tanto ver coelhinhos fofinhos, golfinhos, borboletas em um jardim, mas tudo o que me vem em mente é um mar revolto e tempestuoso, um barquinho mal iluminado tentando se manter em vida. Mas há piores; nos dias que estou bem, ela me liga para perguntar o que eu fiz, e não importa qual seja a resposta, ela vai reclamar e dizer que não é bem assim. Se eu ligo, ela reclama que demorei, se não ligo, ela reclama que a esqueci. Meu D’us, o que fazer com uma mulher tão irritante assim? Meu dia poderia ser perfeito se eu não fosse tão dependente dela. Eu sei que seria mais calma, e muito mais, se não me importasse tanto com ela.

Káah Azamba

Não sou preguiçosa, talvez eu seja pior do que isto; sou desmotivada. Engraçado que todos em minha volta me dão energia, e eu sou a única a me sufocar. Um dia vou entender porque mato meu coração aos poucos, e porque me permito ser assim. Só espero que quando este dia chegar eu tenha juventude o suficiente para fazer tudo o que não quis.

Káah Azamba

Ninguém nunca entende minha família. Meus pais divorciaram e cada um tem seu novo parceiro, porém meu pai dorme em minha casa às vezes, onde claro, mora a minha mãe. Não dormem no mesmo quarto, mas não deixa de ser algo estranho e incompreensível para todos. E todos que pensem o que quiser, para mim tudo é bem simples, eles são amigos. Então logicamente ninguém deve me entender; não deve compreender meu tempo completamente livre. E se eu quero que eles me compreendam, é um absurdo de carência. Somos todos egoístas prontos a julgar, e me julgam mesmo me amando, me julgam mesmo sem falar.

Káah Azamba

Eu gostaria de ter todas as soluções em minhas mãos. Queria saber distanciar todas as preocupações de minha mente. Seria perfeito se o mundo fosse do meu jeito. Sem horários, sem perca de vida, sem tempo tão ligeiro, sem mal entendidos, sem brigas e sem dor. Pensando bem, este é mesmo o mundo em que vivo, que estou acostumada, e no qual não me vejo longe, um mundo totalmente feio e distorcido, mas fazer o que… é o mundo no qual fui colocada. Então se tudo fosse perfeito, o meu perfeito, seria o imperfeito de muitos outros. Ah! Que fique tudo como está, que deixe estar todas estas confusões, este mundo louco deve mesmo ser perfeito para alguém, nem que seja para o Diabo. Todos os meus gostos, necessidades e desejos ficam em segundo plano diante de tantos outros problemas maiores, que eu nem sei quais são.

Káah Azamba

Minha cabeça dói. Não quero mais pensar no meu futuro. Como se eu nem precisasse, como se tudo fosse parte de um jogo, do meu jogo. Até mesmo você que lê meu post, você faz parte de minha mente. Ou faria. Ou deveria fazer. Assim eu acho. Que fujo desta realidade apenas para não encarar os fatos. Eu temo tanto quanto temia o bicho papão em minha infância. Sim, o futuro tornou-se meu bicho papão, meu monstro de sete cabeças, meu Hades de atormento. Ai, como minha cabeça dói e meu coração salpica de pensar nas mudanças que vão acontecer, nas surpresas que eu vou ter. Como me dói o corpo por inteiro. Entre a pele e o osso, e o próprio osso também. Talvez o que doa em mim seja a alma e este meu coração pegajoso. Sinto saudades da infância, do quanto eu era feliz e nem imaginava que o era. E agora penso, se acho que estou triste, tenho mais medo ainda do futuro, que um dia me mostrará que tristeza não se mede tamanho, muito menos frequência. Sumam, bichos papões! Sumam com minhas incertezas! Sumam antes que eu suma de tudo!