Encontos;

Introdução

Antes de mais nada; fique à vontade. Este é um site para todos se divertirem e emocionarem.
Com o decorrer do tempo as postagens podem se misturar e a história tal se perder no meio do caminho, por isso aconselho usar as palavras-chave. Cada história terá sua palavra-chave para facilitar as nossas vidas.
Todas as histórias, contos e fics contidos aqui são de minha autoria, e sempre que houver a participação de alguém, citarei com maior prazer.
Adoro ler opiniões, críticas e sugestões, receber convites, fazer amigos e ler as histórias/contos/fics dos outros.
Podem me considerar chata, mas eu levo muito a sério a arte de seguir, então se quiser me seguir para ter um retorno de números seguidores, desista. Só sigo blogs que realmente gosto e me atraem, e fico chateada quando percebo receber uma visita que nem leu o conteúdo do blog e apenas quer atenção para si.
Também acho bacana os leitores que tem coragem de, com sinceras palavras, dar sua opinião sobre o que digo/penso.

Quanto ao resto, pura diversão à todos nós ^^

Abraços,
Káah Azamba

 

Confira o site original.

Encontos

Mal-Caráter, 3°

09/11/2011 22:20

- Odeio dizer, mas sabia que ela ia se arrepender
- Mulheres…
- É Márcia, estou na ativa denovo.
- Nem dê moral para a Vi

Teoricamente eu não daria moral, mas na prática é sempre mais difícil e acabei perdoando-a por me trocar. Foi fácil, afinal eu havia traido muito mais, me sentia por cima novamente. Começamos a ficar.

- Não acredito!
- Ela mudou, eu sinto
- Sente? Vai sentir os chifres depois.
- Cala a boca, Márcia!
Eu não queria, mas estava apaixonada por ela. Rolou uns boatos que ela estava ficando com outras além de mim, eu havia me aquietado, cansado daquela disputa de quem traia mais.

Por insistência da Márcia, fui em uma festinha na casa dela. Conheci muita gente bacana e tinha um rapaz muito charmoso.
- Que se foda! Vou mesmo ficar com ele
- Calma Débora, você está bêbada
- E daí?
- Você vai reclamar e me culpar… - Márcia mau terminou de falar e eu já estava lá, beijando o garoto.

Passei o outro dia chorando, e como a Márcia havia dito, culpando ela.
- Débora pode parar! Você gostou que eu vi.
- Eu sei… é coisa minha. Você não entenderia, adora homens, mas eu preferia que não tivesse acontecido.
- Só que aconteceu, e pronto. Chega de resmungar e vai viver um pouco.
Estava jogada no sofá da Márcia, era 16hs e não havia trocado de roupa nem feito nada de útil, apenas assistindo TV.
*DIt! DIt! DIt!*
- Não tinha um interfone pior? - resmunguei
- É triste como você só sabe reclamar.

Márcia abriu a porta e recebeu uma moça, me apresentou, chamada Cristina.
Ela já havia me contado umas histórias sobre essa Cristina, e parecia que ela não gostava de homens e recém tinha saído de um péssimo relacionamento, quase na mesma situação que eu.

Continuei vendo TV, e as duas foram conversar na cozinha.
Elas riam tanto que fiquei curiosa, tomei um banho e como quem não queria nada, fui lá. Peguei um copo de leite e fiquei enrolando. Elas perceberam e pediram para mim sentar. Cristina estava bem aparentemente. Muito linda e misteriosa. Conversamos até as 19hs e depois fui para casa.

Era triste ter que ir para a faculdade, eu via e conversava com a Vitória, ela me fazia promessas de amor e saiamos. Eu sabia que ela não gostava de mim e era tudo ilusão, porém eu estava fraca de mais para dar um fora nela. A situação não estava boa, me desgastava. O amor e carinho que queria nela tinha que procurar em outras.
Comecei novamente a fumar frenéticamente, pelo menos me acalmava.

Márcia dizia que tinha uma ‘química’ entre eu e Cristina. Bobeira dela, se bem que uma ‘física’ eu adoraria que acontecesse, ela era encantadora.
Viramos amigas e começamos a ficar, Márcia se sentia um cupido, porém eu estava magoada de mais, só queria curtir.
Cristina me tratava diferente, me sentia importante perto dela.

Aos poucos fui deixando de sair com outras garotas, até que fiquei só com Vitória e Cristina.

Mal-Caráter, 2°

09/11/2011 22:19

Estava pronta para sair com Márcia quando Vitória me ligou:
- Oi Débinha!
- Oi Vi!
Silêncio…
Arrisquei falar algo - Tudo bem? - “tudo bem? de tudo que poderia dizer, falo logo tudo bem? que idiota que sou”
- Uhum, eu queria te convidar para jantar comigo em um restaurante chines.
“Comida chinesa? Éca!” - Claro, eu adoraria!
- Te busco as 21hs
Ah que droga! Agora vou ter que cancelar de sair com a Márcia e ainda trocar de roupa.

O jantar foi horrível, eu queria animação, mas acho que fingi o suficiente para ela pensar que gostei.
Saímos mais duas vezes (todas jantares idiotas) e na terceira vez acabou na minha cama.
“O que a gente faz depois que termina?”
Acordei de manhã ela ainda estava ali, no meu lado dormindo. Me assustei, tive medo, comecei a me sentir presa, nunca havia ficado tanto tempo com alguém. Liguei para Márcia; ela foi logo dizendo:
- Já partiu o coração da Vi?
- Quê? - falei baixinho para não acordar Vitória e fui para a sala. - Não Márcia, ela ta aqui, dormindo.
- Sério? - ela realmente se assustou - Então parabéns, está fazendo tudo certo.
- É, mas você me conhece, não gosto do certo.
- Tadinha de você, tão assustada, parece uma criança perdida… você vai se acostumar.
- Ta bom…

O tempo foi passando e começamos a namorar. Estava gostando de tudo aquilo, a Vi era bacana, só me irritava as vezes.
De vez em quando algumas garotas que eu saia antigamente me ligavam e claro que eu não perdia a oportunidade.
Não sentia remorso nem pena da Vitória, e a Márcia sabia de tudo e só dizia - Pobre Vi, é tão boazinha para você.
Eu respondia - Vai saber… - Mas tinha a certeza que ela era uma santa.
Aquela relação me fazia bem, eu saia com todos e tinha a Vi para mim. Perfeito.
Completamos dois meses de namoro, eu confiava na Vitória, e jamais desconfiei que ela soubesse de meus rolos, e esse foi meu maior erro.
Márcia viu a Vi beijando uma professora da faculdade e foi logo me contar.
- Que vadia! - Gritei
- É, o que vai fazer agora? Você a traiu também
- É diferente Márcia, todo mundo sabe que eu não presto, era como se ela já estivesse avisada. Agora ela? Com aquela coisinha de santinha! Isso é jogo sujo.
- Calma Débora, termina então e volta à vida antiga.
- Não mesmo, essa desgraçada vai me pagar.

No dia seguinta vi a Vitória, iria fingir que não sabia de nada, mas ela chegou e disse que precisavamos conversar.
Sim, a filha da mãe terminou comigo. Como eu sempre fingi ser dócil com ela, não queria estragar o disfarce - Se você acha melhor assim… mas eu ainda vou te amar.
“Vou amar droga nenhuma, que ela pegue uma gonorréia dessa professorinha”

Na mesma noite saí para encher a cara. Eu achava que estava bem, que aquilo não me afetaria, mas depois daquilo tudo virei uma bebum, fumante e altamente complexada comigo mesma. Eu dizia para todos que estava bem enquanto minhas atitudes diziam o contrário.
- Cansei de mulher.
Márcia riu - Você está bêbada.
- Cansei! Vou ser freira, mulher não sabe amar.
- Então muda de time
- Vou ser freira, já disse.

A vida passava inutilmente por mim. Dia após dia, um sufoco infernal. Quando comecei a me recuperar e me achar bonita novamente, Vitória reaparece na minha vida.

Mal-Caráter, 1°

09/11/2011 22:18

- Eu sei o que disse, é o meu roteirinho. Gostou? - Olhei para o despertador. - Agora… vá embora, por favor!
A moça de cabelo curto e descendente asiática se levantou com muita raiva - Por quê?
Analisei a cituação e falei calmamente - Não vai chorar ou avançar em mim, para enfim, começarmos tudo novamente?
Ela olhou indignada - Você é louca ou o que? Acha que sou idiota, só pode! - Vestiu-se rapidamente e saiu.
“Pelo menos assim ela foi embora”. Sorri e dormi.

Aquele dia inteiro foi chato, tanto que resolvi sair com minha amiga.
- Márcia, tem certeza que essa é a boate mais badalada?
Quase bêbada ela respondeu - É lógico!
Ela é uma ótima amiga, quando não bebe.
- Essa festa está uma droga! - Gritei.
Enquanto me dirigia para a saída uma moça me segurou pelo braço - Concordo com você - Ela sorriu.
“Ela está afim de mim e não estou com paciência para isso hoje, vou ser estúpida mesmo”
Retirei a mão dela de mim - Só por que concorda comigo acha que vou sair daqui feliz? Sei lá qual suas intenções, a minha é ficar longe de você - Saí e a deixei com raiva, como sempre meu dom é deixar raiva por onde passo, já me acostumei.

- Por que você sumiu da festa? Tava tão bom ontem.
- Para com os papinhos Márcia, aquilo tava horrível.
Pedi mais um chop ao garçom.
- Vou nem falar nada. Te conheço a muito tempo e sei que você não está bem. Se você não está bem, tudo ao seu redor também não está bem.
“Talvez seja por isso que as coisas são fáceis para mim”. Me fingi de burra, como de costume - Como assim?
- Ah sei lá, fica um clima pesado só de você chegar.
- Ah! Disso que você ta falando? Bobeira.
- Bobeira nada - disse ela pegando o chop - Você precisa de companhia.
Eu ia falar, mas ela me interrompeu - Companhia de verdade! Como pode chamar essas vagabundas de companhia?
Me calei, odiava admitir, Márcia estava certa.
Acenei e pedi mais um chop.
- Você bebe tão rápido que nem vejo - Rimos juntas.

Depois nada aconteceu de bom naquela semana, Márcia me apresentou 3 amigas, mas não gostei disso e acabamos brigando.
Cada dia mais eu pensava na idéia de ter alguém ao meu lado, que me pertencesse mais que uma simples noite. Resolvi que iria mudar, sabia que não conseguiria alguém decente com aquelas atitudes, e fingir era comigo mesmo.

Conquistei amizade de uma colega da faculdade. “Ela é tão inteligente e centrada, com certeza não terá tempo para pensar em traição”
- Oi Vi! - Sentei ao lado dela e sorri, as vezes me sentia idiota por agir tão dócil.
- Debinha! Fez o trabalho?
A minha cara de espanto revelou que não, na verdade eu não sabia de trabalho algum.
Ela disse - É brincadeira! HAHAHA
Dei um sorriso singelo e passei a prestar atenção no professor.
“Que garota idiota! Acha que é legal ficar me enganando? Odeio ser enganada. To aturando tudo isso só para conquistar essa nerd, aff, vontade de desistir e dar o maior gelo nela.” Como sempre, meus pensamentos não viram atitude, na verdade geralmente ajo contra eles. Estranho, eu sei.
Ainda estava brigada com Márcia, odiava meu orgulho, sempre me trazia problemas. Doeu, mas deixei-o de lado, liguei para ela assim que acabou a aula.
- Não me faça pedir desculpas, já estou lhe ligando…
- Você está evoluindo, ou isso é um milagre?
- Er…
- Desculpas aceitas, mas antes de me deixar sem carona, pensa na amiga que sou para você.
- Beleza! Estou indo para casa, sairemos mais tarde?
- Claro.

Ela disse aquilo porque na noite que brigamos eu a levaria para casa, mas acabei deixando-a sozinha.

Mal-Caráter, Introdução e Personagens

09/11/2011 22:15

O Conto Mal-Caráter além de proporcionar diversão aos leitores, tem como intenção expor de uma forma descontraída e um pouco revoltada, alguns fatos da nossa vida cotidiana. É para relaxar e refletir.
Não teria como definir seu estilo, tem um pouco de tudo no decorrer do conto, mas oque mais predomina é o romance, com certeza. É sim baseado em fatos reais, mas somente baseado, o conto está tão fictício que somente quem conhece minha vida saberia distinguir quando tem traços da realidade.
Débora é uma versão minha, só que com seus defeitos claramente ampliados. Não é nenhum conto de fadas irreal, na verdade alguns podem gostar por se identificarem com algumas partes, enquanto outros não gostem exatamente por isto.
Acima de tudo desejo diversão à todos, e fiquem à vontade para comentarem e darem sugestões.

Personagens
Débora: Protagonista, e quem narra a história. Sua forma de viver e reagir aos atos dos outros muda conforme o tempo, mas o seu caráter continua intacto. Egoísta, egocêntrica e fria.
Márcia: Uma das únicas amigas de Débora, sua conselheira e cumplice, também é quem melhor a conhece.
Vitória: Garota com quem Débora se envolve. A nerd sem vida própria.
Cristina: Não aparece no começo. Ajuda Débora a enfrentar seus medos.

Ao decorrer do conto irão surgir outros personagens menores que não precisam de definição.
As frases entre “parenteses” são os pensamentos de Débora.

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