Encontos;

Introdução

Antes de mais nada; fique à vontade. Este é um site para todos se divertirem e emocionarem.
Com o decorrer do tempo as postagens podem se misturar e a história tal se perder no meio do caminho, por isso aconselho usar as palavras-chave. Cada história terá sua palavra-chave para facilitar as nossas vidas.
Todas as histórias, contos e fics contidos aqui são de minha autoria, e sempre que houver a participação de alguém, citarei com maior prazer.
Adoro ler opiniões, críticas e sugestões, receber convites, fazer amigos e ler as histórias/contos/fics dos outros.
Podem me considerar chata, mas eu levo muito a sério a arte de seguir, então se quiser me seguir para ter um retorno de números seguidores, desista. Só sigo blogs que realmente gosto e me atraem, e fico chateada quando percebo receber uma visita que nem leu o conteúdo do blog e apenas quer atenção para si.
Também acho bacana os leitores que tem coragem de, com sinceras palavras, dar sua opinião sobre o que digo/penso.

Quanto ao resto, pura diversão à todos nós ^^

Abraços,
Káah Azamba

 

Confira o site original.

Encontos

Mika, 3°

09/11/2011 22:41

Mika espreguiçou-se na cama, sentiu o cheiro de waffles, foi o suficiente para mandar a preguiça embora e andar cautelosamente até a cozinha. O cabelo bagunçado, as mãozinhas frágeis roçando em seus olhos acinzentados como quem quer mandar o sono embora; ainda de pijama e pantufas, olhou para sua amada; “Meu bem?”, “Bom dia minha vida! Veja que dia lindo se faz lá fora!” respondeu sua companheira enquanto lhe servia o café da manhã e roubava um breve beijo da garota sonolenta.
“Não acho tão belo assim” resmungou. Sua amada riu, pegou o casaco da cadeira e enquanto partia para o trabalho disse “Não se esqueça da sessão de fotos de hoje.” Esta frase com a voz tão pertencente a ela tornou-se um eco constante na mente de Mika, até que ela acordou.
Não ousou se mover. Em sua cama podia ouvir o barulho da chuva, que era antes a cama das duas. Teve frio mesmo com três cobertas por cima de si, precisava de sua amada de volta, mas de forma alguma correria atrás dela.
“Eu que era feliz com dias que eram perfeitos, e eu nem fazia idéia do quanto” murmurou ao rolar pela cama e sentir leves lágrimas cair-lhe ao rosto. “Pelo menos eu acompanho este dia, choraremos juntos, chuva”, disse com pena de si mesma.
Nenhum amigo para lhe ligar e os agentes de modelo pouco a procuravam, ela não estava em mínimas condições de desfilar ou posar para fotos de algum produto. Também não queria trabalhar pesado, tinha a alma livre, não gostava de regras, mas por outro lado a reserva no banco não duraria para sempre; ela precisava encontrar um emprego decente.
Levantou, se arrumou um pouco e foi até a loja de seu pai; “Bom dia papai!” gritou manhosa ao entrar na loja de ferragens.
Ele surpreendeu-se com visita da filha, ela nunca dava notícias, apenas ligava ou mandava flores nas datas comemorativas, mesmo não morando longe; “Minha garotinha! Que saudades”. Deixou seu ajudante atendendo os clientes e foram conversar.
Ela nem esperou que ele matasse a saudade; “Papai, preciso de um emprego, posso trabalhar aqui?”. Ele riu sem dar respostas, coçava o queixo analisando a filha, a mesma garotinha egoísta que conhecia. “Oras meu bem, não acho que aqui seja apropriado para uma garota tão bela e sensível como você, mas te levarei a uma amiga, ela sempre reclama por ter que trabalhar sozinha.” “Perfeito!” exclamou ela.

Mika, 2°

09/11/2011 22:40

Parecia que tinha tudo pronto, o plano perfeito, até que deparou-se com a realidade. Estava sozinha, teria que cuidar de si mesma, teria que lutar por si mesma, teria que sonhar por si própria. Caiu em lágrimas com saudades de sua amada, não dela em si, e sim das coisas que ela lhe fazia; tudo.
Por que tamanha maldade? Por que aprisionar Mika, torná-la dependente e frágil, aumentar seu ego ao máximo e logo então partir? Ah, pobrezinha de Mika, desolada e sem previsão de futuro. E mesmo coberta de tristeza, seus olhos continuavam assustadoramente belos.
Tudo o que lhe restou foi um bloco de anotações antigo, que sua amada usava como agenda para cuidar de Mika. Até disto ela cuidava, Mika nunca preocupou-se com nada, muito menos com sua amada. Confiava nela, acreditava no seu amor, e ela nunca reclamou disto, sempre mostrou-se forte, na verdade ela dizia que tinha prazer em fazer tudo por Mika, e que a teria consigo eternamente.
Ah! Sentiu que seu coração rachava ao meio, grunhiu de dor. Ah! Pôs-se a chorar em seu quarto novamente, que antes era delas. O lugar que lhes serviu de abrigo e paixão, o santuário do amor de ambas, e agora tudo se tornava tão feio e sem vida.
Aos prantos ela notou, ainda usava a aliança, e pouco teve coragem ou vontade de tirá-la. Pensou em arranjar alguém mesmo que temporário, apenas para não se sentir tão sozinha, mas mudou logo de idéia ao imaginar magoando-se outra vez.
Qual seria a solução? Morrer? Sua carreira era um desastre, e a única coisa que tinha além de sua amada, então logo não tinha nada.
Lembrou dos sonhos antigos, ter filhos e conhecer o mundo. Sim, sonhos pequenos comparados ao de muitos, mas já era um avanço. Perceber que poderia seguir com a vida sem sua ex, e que realizaria seus sonhos antigos.

Mika, 1°

09/11/2011 22:38

Uma vida inteira de amor jogada pelo acaso. Não, ela está exagerando, dez anos. O que seriam dez ano em uma relação que se iniciou aos 12? Seria uma adolescência inteira perdida, mas todo o resto tem solução, até mesmo o pobre e desamparado coração de Mika. “A lua é o demônio que se veste da pureza do sol”. E só agora Mika entendia o porque das palavras doces e frias de sua antiga amada. Ela era o demônio, sua amada, agora, antigo caso de amor. Tantas confusões e pensamentos apertados em seu coração.
Mika, uma jovem bronzeada dos cabelos curtos num tom castanho claro, os olhos, seus magníficos e acinzentados olhos, uma cor nunca vista antes, um azul marinho - a cor da noite - que quando tocado pelo sol, torna-se o branco mais puro, o branco acinzentado.
Ela já estava acostumada com os comentários desde o quanto seus olhos eram lindos, até o quanto eram pavorosos. Pouco importava para ela, sua antiga amada venerava aqueles olhos, e isto fazia com que Mika os amasse tanto quanto sua amada. Porém agora fora deixada sozinha, sem a menor piedade motivo. Como ela passou a odiar seus olhos e considerar-se uma aberração! Uma aberração tola e inútil.
Era modelo, mas nunca chegou a ser famosa. Já estava prestes a completar 23 anos, precisaria arranjar um emprego que lhe desse mais garantia. Procurou, mas no estado abatido que se encontrava, ninguém quis contratá-la.
Vestia-se nas últimas tendências da moda e nunca se importou com seu caráter, afinal sua ex amada sempre lhe falava o quão perfeita Mika era. Porém ela notou o contrário quando se viu sozinha e ninguém disposto a preencher a vaga que lhe faltava. Percebeu que as mulheres eram felizes mesmo com parceiras feias, e começou a pensar mais sobre isto.
Tornou-se descuidada com o visual, e nem por isto deixou de ser bela, apenas deselegante. Olhou para si mesma e sua antiga relação; onde ela havia errado? Chegou a conclusão; era narcisista de mais, precisaria mudar isto.

Mika, Introdução

09/11/2011 22:34

Este é um conto bem simples, e não pretendo pronlongar muito.
Narra a vida de Mika, uma jovem lésbica que sempre foi mimada e cuidada por sua namorada e de repente vê sua vida de cabeça para baixo ao descobrir que foi deixada e está solteira novamente.
Depois de longos anos de namoro e dependência total de sua parceira, Mika não sabe ao certo como se reconstruir e seguir em frente. De seu jeito, errôneo ou não, ela tenta seguir com a vida e no desenrolar de tudo descobre muitos dons e forças de onde nem imaginava existir.
Como sempre, há um pouco de drama.
Não vou narrar os personagens, isto ficará pela curiosidade de vocês em ler o conto Mika.
Não se esqueça dos marcadores (tags) para facilitar sua leitura e não se perder entre as histórias!

Espero que gostem.
Abraços,
Káah Azamba.

O Recomeço, 5°

09/11/2011 22:33

“Quanta coisa em minha cabeça! Quanta coisa para cuidar! Jack, Veneranda, Deniel, irmão da Vi e agora minha mãe! Assim vou ficar louca”
Organizei por partes, Veneranda saiu fora da lista, na verdade eu nem lembrava mais que ela existia, só a via na hora do café da manhã. Deniel… bom ele não prestava, e aquela relação estava horrível mesmo, fora da lista também. O Jack vai ser fácil, e resolvendo o Jack eu resolvo o problema da minha mãe, tudo certo. Como eu queria o irmão da Vi fora da lista, me sinto inútil.

Na tarde seguinte falei com Jack;
- Como conseguiu falar com minha mãe?
- Tenho meus contatos
- Só que… eu não sei explicar, ela não é minha mãe.
- Claro que não, ela é mãe da Débora, e não de você Alessia
Gelei e fiquei sem palavras - Pelo jeito todos sabem de mim, sou mesmo péssima.
- Claro que não! - Ele pausou e perguntou - Quem mais sabe de você?
- Um rapaz aí…
Então contei a história para Jack, ele já sabia da minha vida antiga, mas continuou guardando segredo sobre como descobriu.

Depois daquele dia que conversei com Jack, o irmão da Vi nunca mais me incomodou, acho que Jack deu um bom susto nele. Foi a partir daí que comecei a confiar no meu chefe, queria ter o conhecido desta forma mais cedo. Claro que ele continuou exigente como sempre no bar.
Como o irmão da Vitória havia me deixado em paz, voltei a sair com Deniel, a ponto de nos casarmos. Foi uma reunião simples e eu odiei (por dentro), enquanto todos daquela cidadela gostaram. Eu realmente sabia que seria infeliz com aquela vida que havia escolhido, mas eram apenas as consequências dos meus atos irresponsáveis.
Os primeiros meses de casamento foram agradáveis, Deniel começou a chegar tarde em casa só depois do 9° mês, que foi na mesma época que começaram as traições. Quando completamos um ano de casamento, decidi fazer faculdade à distância, para ter tempo de ser “a boa esposa”.
Quatro anos depois estava formada em administração e com duas filhas (Amanda e Anabel, de 2 aninhos). Todas as noites antes de dormir, ficava pensando em como estava minha vida, tudo tão diferente do que eu queria, saudades da Cris, do Brasil, de tudo. Aquela Ihleburg me fazia cada vez sentir mais presa e passiva diante da vida, sem falar que Deniel era um péssimo exemplo de pai, as meninas choravam no meu colo de saudades dele, enquanto eu tinha que cobrir as falhas dele que só me matavam por dentro, mentiras por cima de mentiras.
Minha mãe nem fez questão de vir a Ihleburg conhecer as netas, o que me causou extremo ódio e revolta a ponto de não nos falarmos mais desde o nascimento das gêmeas, afinal eu não precisava mais do seu dinheiro, e não lhe dependia de nada.
Acho que minha mente mudou muito com a vinda das meninas.

Por que, mesmo depois de cinco anos, eu ainda pensava na Cris? Cinco míseros anos sem notícia alguma dela, somente agora me dei conta que ela marcou minha vida. Se bem me lembro, havia matado Vitória para proteger minha relação, mas causou exatamente o oposto, nos afastando e tornando tudo complicado.
Aquele casamento desgastado, Veneranda tão velha que cada vez que dormia pensavam se seria sua hora de partir. O partido da minha mãe havia ganhado as eleições ano passado, então havia acabado as buscas sobre os podres da família. O Jack seria o único que me deixaria saudades.
- Aonde vamos mamãe?
- Conhecer o mar.
Gritaram felizes, correndo pela casa.
Com as malas prontas, Deniel em uma suposta viagem à trabalho, Jack com sua vida rotineira, eu precisava sair logo sem que ninguém visse, mas isso era impossível naquela cidadela, todos tão fofoqueiros. Sai de casa carregando as malas, Amanda e Anabel de mãos dadas no meu lado.
- Comportem-se meninas, e se perguntarem algo, não digam nada.
Acenaram que sim. Que ótimas filhas eu tenho, nem acredito que herdaram a genética daquele idiota.
- Três passagens
- Para onde?
- Capital do país de Ihleburg.
- Esta é a Alemanha.
- Pois é.

Enfim partimos.
 

Despedida:

A Fic Recomeço termina aqui. Espero que tenham gostado. Não esqueçam de comentar e dizer suas críticas e sugestões.

 

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